SEGUINDO O EXEMPLO


Pessoal, já estou postando um dos textos do livro. Leiam e comentem, por favor. Além disto adicionei um vídeo que retrata o que está escrito aqui.

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João era um homem que gostava muito de cachorros. Ele tinha vários em sua casa e cuidava deles sempre com muita atenção: vacinava, mandava aparar o pelo, dava banho e saía para passear. Ele também tinha um filho, Zacarias.
Zac tinha apenas nove anos de idade e era um garoto esperto e muito sapeca. Seu pai, apesar de ter enorme zelo pelos cachorros, era muito rude com o filho, brigando e espancando-o constantemente por causa de suas peraltices.
O pequeno Zac, mesmo sem entender o porquê de tanta agressividade, idolatrava e tentava imitar tudo que o pai fazia. Ele queria sempre agradá-lo, mas vez ou outra acabava por cometer “outra das suas”, como dizia João.
Certa vez o pai comprou um filhote de beagle de raríssimo pedigree, o que lhe custou uma verdadeira fortuna. Nos primeiros dias ele deu extrema atenção ao cachorrinho, não desgrudando dele um só minuto, mas um dia, quando saiu de casa, ele disse ao seu filho:
- Zac, vou sair e preciso que você fique de olho no Tod, o cachorrinho novo que eu comprei. Não deixe que ele faça nada de estranho, ouviu bem.
- Tudo bem papai – o garoto mostrou-se animado por poder ajudar seu pai em alguma coisa.
Logo que o homem saiu o garotinho foi até o canil verificar como o cão estava, mas o cachorro, que era muito agitado, saiu correndo assim que Zac abriu a porta. Temendo uma represália do pai o menino saiu atrás do cão, que correu dele por alguns minutos antes que ele conseguisse pegá-lo.
Assim que colocou o cachorrinho de volta no canil Zac pegou um pedaço de mangueira que ficava no quintal e deitou-a no lombo do cachorro, na clara intenção de corrigi-lo.
Chegando em casa João foi direto ao canil verificar como estavam seus adorados cães, e assim que viu o estado deplorável em que estava seu filhote de beagle ele chamou o filho e perguntou o que tinha acontecido.
- Eu fiz exatamente o que o senhor teria feito papai – respondeu o garoto orgulhoso.
- Mas como assim? – perguntou o pai, sem entender nada e pronto para agredir o filho.
- Quando eu abri a porta do canil o Tod saiu correndo. Eu gritava para ele voltar pra dentro, mas não adiantava, pois ele latia comigo e depois saía correndo e balançando o rabo. Depois ele esperava que eu corresse atrás dele e quando eu fazia isso ele continuava correndo de mim. Então, quando consegui agarrá-lo, eu bati nele com a mangueira para que ele aprendesse a não fazer mais isto.
- Garoto burro, será que você não percebeu que ele só estava querendo brincar com você? – antes mesmo de terminar a frase o pai tirou a correia e começou a espancar o filho, sequer percebendo que ele estava apenas reproduzindo as atitudes que via no seu pai.


REFLEXÃO: O que devemos aguardar de nossos filhos se só lhes damos maus exemplos? Como esperar deles amor, se o que lhes concedemos é violência? Será que nossas atitudes não estão contrárias aos nossos anseios? Tomemos o exemplo do mestre, que praticou apenas atos de amor, compaixão e humildade antes de pedir a seus discípulos que o imitassem.

“Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, assim façais também vós” (João 13, 15)

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